- A confiança em Deus dá medo ao demônio.
Viver dia a dia.
Cremos em um homem. Como não creremos em Deus?
A Igreja tem, todavia, tais recursos que faz tremer os seus inimigos.
A questão do dinheiro tem nos detido demais em baixo, é tempo de dizermos "corações ao alto". E por ocasião dos exercícios espirituais Deus o enche daquela confiança que sustentava o nosso Patrono em todos os passos de sua vida.
Cristo ressuscitou: Cristo vive; Cristo reina; Cristo está no meio de sua Igreja grandioso e formidável. Ele disse uma grande palavra: confiança, eu venci o mundo. Lutemos e esperemos.
As forças internas da Igreja se multiplicam na razão contrária a seus recursos externos.
Renovemos o espírito a cada momento e descansemos na misericórdia do Senhor, que absorve todas as fraquezas de nossa natureza enferma.
O Senhor sempre faz o que é melhor para o nosso maior bem.
Oremos ao Senhor nestes santos dias e o bom Jesus se disporá a ajudar-nos em todas as nossas necessidades.
Deus vela sobre nós com a mais terna solicitude.
Quando nos ameça algum perigo então é tempo de confiar em sua Providência e abandonar-nos a ela como um menino entre os braços de sua mãe.
Fazendo a obra de Deus em silêncio, sem confiar nos homens e em nós mesmos, mas bem cheios de esperança na ajuda sobrenatural, tudo caminha melhor.
Tudo acontece através da cadeia do tempo e o tempo está nas mãos do Senhor.
O Senhor nos visita, mas não recusará nossas orações, com as quais lhe suplicamos que nos trate paternalmente, dando-nos agora a força da reisgnação e depois a graça da consolação.
Alegremo-nos de que terminaram as contradições e de que faltam adversários para fazer-nos crescer na confiança em Deus.
No tempo devido (o sabemos por experiência) desaparecem as dificuldades e muda o ânimo de quem as causava e a obra de Deus caminha cercada de novos favores.
Todo conselho de prudência humana é mais um estorvo que uma ajuda nas obras de Deus.
Não contemos com a ajuda das riquezas, dos apoios, da estima e dos estímulos do mundo. Ao contrário, que tudo se realize por princípios de fé, com uma ilimitada confiança na ajuda do céu e um sentimento inabalável de agradecimento ao Senhor e somente a Ele, seja na abundância, como na escassez, recordando o "basta a cada dia o seu cuidado"
Confiemos em nosso bom Deus em toda circunstância; mas seja a nossa confiança como a de um menino, sem levar em conta tantas coisas e tantas preocupações.
Um menino quando se encontra nos braços de sua mãe e pode estreita-la ao colo, se sente seguro e não tem mais medo de nada, mesmo quando sua mãe é pobre e fraca. Certamente a mãe não poderá lutar contra certos perigos nem defender o menino de todos os inimigos; mas o menino não consegue pensar em um refúgio mais seguro que o seio materno. Com efeito, o amor materno às vezes realiza prodígios, já foi visto mães arrancar o seu filho da boca de uma fera e das chamas de um incêndio! E pensar que este amor não é onipotente e às vezes é menor do que seria necessário. Mas não é assim com o amor de Deus, que tudo pode o no qual nós devemos recorrer pondo-nos nos braços da providência como um menino nos braços de sua mãe. Nossa confiança em Deus deve ser exatamente como a de uma criança, porque Deus nos ama mais que uma mãe.
Ficar demasiadamente ancioso em relação à graça espiritual que pedimos e que necessitamos pode se constituir num impedimento: devemos entregar-nos nas mãos de Jesus que nos ama tanto e que não permite que caia um fio de nossa cabeça.
O Senhor nos promete interessar-se de nós com a condição de que nós nos interessemos dEle. Com efeito Ele disse: Buscai primeiro o reino de Deus e sua justiça e tudo o mais vos será acrescentado.
Somos tão pequenos de coração que se uma angústia nos surpreende, imediatamente caímos em ansiedade e desânimo; mas o Senhor nos disse: Acaso pode uma mãe esquecer-se de seu filho? Bem, mesmo que uma mãe se esqueça de seu filho de colo, eu não me esquecerei nunca de vocês.
Nas bodas de Caná Maria Santíssima não disse a Jesus que fizesse um milagre providenciando o vinho que faltava, apenas lhe expôs simplesmente a necessidade dos noivos, dizendo-lhe: eles não têm mais vinho e deixando Ele atuar. Assim devemos fazer nos também em nossas necessidades e misérias: abrir nosso coração a Ele, que fará o que lhe parecer melhor para o nosso bem.
Confiar em Deus e não confiar em si mesmo.
Jesus estava na pequena barca e dormia: o bom Jesus às vezes parece que dorme, mas está bem acordado. Nas tristezas e adversidades da alma parece que Jesus dorme: não, não. Ele não dorme. Ele vê tudo: devemos confiar nEle. Ele está cheio de bondade: quer ajudar-nos.
Quando a tempestade enfurece e tudo parece perdido, o bom Jesus estende sua mão e acalma os ventos e as tempestades, devolvendo a paz a nossas almas.
Jesus aparece primeiro a Maria Madalena e a Pedro, os dois penitentes, mostrando-lhes deste modo seu amor preferencial. Devemos humilhar-nos recordando nossas faltas passadas, e devemos ao mesmo tempo confiar em Jesus, que perdoou e preferiu a Madalena, e perdoará e ajudará também a nós.
São Pedro disse a Jesus: afaste-se de mim que sou pecador, mas ao mesmo tempo imediatamente se lançava aos seus pés para abraçá-los e beijá-los. Assim nós, quando nos aproximamos da Santa Comunhão devemos dizer de coração as palavras que a Igreja nos põe nos lábios: Senhor, não sou digno que entreis em meu coração, mas ao mesmo tempo devemos ir e receber a Jesus com amor e confiança de receber suas graças.